segunda-feira, 26 de maio de 2014

Hoje o assunto abordado será as vantagens da ingestão de carne pelo ser humano; dá-se o nome de carne ao tecido muscular dos animais, inclusive do homem. No sentido alimentício, geralmente a palavra "carne" não só é usada para se referir à carne de mamíferos, répteis, aves, anfíbios e peixes, mas também pode designar as vísceras, como o fígado ou a tripa, e ainda os produtos derivados, como os embutidos.
Há diversas teorias sobre o início do consumo de carne por hominídeos. O consumo de carne pelos seres humanos, que se acredita que tenha sido iniciado entre 1 milhão e 500 mil anos atrás, trouxe uma grande vantagem em relação às dietas vegetarianas da época: uma dieta rica em gordura, proteínas e ferro, sendo estes dois últimos facilmente metabolizados quando vindos de origem animal. Nas carnes, o ferro é encontrado na forma "heme", de mais fácil absorção pelo organismo do que o ferro "não-heme", disponível nos vegetais, cereais, frutas e ovos. A inclusão da carne na dieta aumenta a biodisponibilidade do ferro "não-heme" encontrado nos vegetais. O sintoma clássico de deficiência de ferro é a anemia.


Alguns cientistas defendem a ideia de que a passagem de vegetariano para onívoro e aumento da ingestão de carne produziu um processo lento, porém seguro de encefalização (aumento do cérebro humano) e encurtamento do intestino. Isto porque as proteínas e ácidos graxos ajudariam a sustentar um órgão que necessita de grande energia como o cérebro. O aumento do consumo de carne teria servido também para reduzir o tempo de alimentação, que passou das 10 a 16 horas dos vegetarianos, para 3 a 5 horas nos primatas onívoros. Os mesmos autores ressaltam que a inclusão de carne na dieta humana ocorreu para sobreviver a épocas de penúria, já que uma alimentação carnívora propicia uma saciedade mais duradoura.
As carnes são formadas principalmente de proteínas, gorduras e água, em proporção que varia minimamente dependendo do animal. A carne magra apresenta em torno de 75% de água, 21 a 22% de proteína, 1 a 2% de gordura, 1% de minerais e menos de 1% de carboidratos. A quantidade de calorias (conteúdo energético) é relativamente pequena, com média de 105 kcal/100g de carne crua.

Tipo de carne
Água
Proteína
Gordura
Minerais
Conteúdo energético
de porco
75,1 g
22,8 g
1,2 g
1,0 g
112 Kcal
de boi
75,0
22,3
1,8
1,2
116 Kcal
de cervo
75,7
21,4
1,3
1,2
103 Kcal
de frango (peito)
75,0
22,8
0,9
1,2
105 Kcal
de frango (coxa)
74,7
20,6
3,1
---
116 Kcal
de peru (peito)
73,7
24,1
1,0
----
112 Kcal
de peru (coxa)
74,7
20,5
3,6
---
120 Kcal
de pato
73,8
18,3
6,0
---
132 Kcal
de ganso
68,3
22,8
7,1
---
161 Kcal

Todo tecido muscular é rico em proteínas, contendo aminoácidos essenciais, e na maioria dos casos, é uma boa fonte de zinco, vitamina B12, selênio, fósforo, vitamina B3, vitamina B6, ferro e vitamina B2. Apesar dos seus benefícios, a carne tende a ter níveis altos de gordura, especialmente na carne vermelha gorda e peixes gordurosos (salmão, atum). A gordura da carne, porém, pode variar de acordo com a espécie ou raça do animal; a forma como ele foi criado, incluindo como ele foi alimentado; e a parte anatômica de seu corpo. Porém a carne vermelha é uma das fontes de aminoácido essencial indispensáveis ao desenvolvimento do ser humano.
Ressalta-se que nenhum alimento contém todos os nutrientes necessários à saúde humana; é importante que a dieta seja variada, incluindo carne e derivados, frutas, vegetais, cereais, leite e subprodutos. Hábitos e costumes inadequados, como abstenção ou consumo excessivo de determinados alimentos, são altamente prejudiciais à saúde e devem receber atenção adequada.

Fontes:

domingo, 18 de maio de 2014

A primeira postagem do blog irá explicar as características e as diferenças de cada dieta, já que, ao ingerir alimentos tão diferentes, a obtenção de nutrientes como proteínas, fibras e vitaminas será igualmente distinta.

O canibalismo é definido como a prática de se alimentar de indivíduos da mesma espécie. É observado naturalmente em algumas espécies de insetos e aracnídeos após a cópula e pode ser visto também em espécies de aves e mamíferos quando em condições adversas, como, por exemplo, em casos de superpopulação. Na espécie humana, o canibalismo é chamado de antropofagia. Era uma prática comum em várias comunidades tribais ao redor do mundo, em que se comia a carne dos inimigos que perderam uma guerra ou se fazia sacrifício dos próprios membros da tribo para os deuses.
Carnívoro é aquele que se alimenta de outros animais, em uma relação denominada predação. Nesses dois primeiros casos - canibais e carnívoros -, ao ingerir a carne de um animal, o aproveitamento proteico será alto, já que as proteínas de origem animal fornecem aminoácidos de alto valor biológico, ou seja, é uma proteína completa, porque ela contém todos os aminoácidos essenciais em quantidades e proporções ideais para atender às necessidades orgânicas. Os animais carnívoros não precisam ingerir grandes quantidades de alimentos, pois a carne é um alimento rico em nutrientes.

Vegetarianismo é um regime alimentar que exclui da dieta todos os tipos de carne. É baseado no consumo de alimento de origem vegetal, com ou sem o consumo de laticínios ou ovos, dependendo da forme de vegetarianismo que se segue. Dietas vegetarianas normalmente são ricas em proteína, carboidratos, fibras dietéticas, magnésio, potássio, folato, antioxidantes e fitoquímicos, além de apresentarem baixa ingestão de gordura saturada e colesterol, fornecendo diversos benefícios nutricionais.
O veganismo, ou vegetarianismo estrito, exclui da dieta todo e qualquer consumo de alimentos ou subprodutos derivados de origem animal, assim, seus adeptos também não consomem ovos, laticínios e mel. Uma alimentação vegetariana adequada pode ser capaz de atender às necessidades nutricionais do organismo, mas é importante consultar um nutricionista para garantir a adequada combinação dos alimentos, já que dietas vegetarianas podem apresentar menor ingestão de vitamina B12, vitamina D, cálcio, selênio, iodo, ferro, zinco, o que pode causar efeitos negativos sobre o organismo.


Nas próximas postagens serão explanadas com mais detalhes cada uma dessas formas de alimentação. Apesar da fonte escolhida, é importante garantir que os alimentos supram todas as necessidades de nutrientes do nosso corpo. O equilíbrio entre as diversas formas de obtenção destes garantirá um saudável funcionamento do organismo.