Depois de mostrar as vantagens de
consumir carne, a postagem de hoje falará sobre os malefícios de tal alimento. Todo
pedaço de carne, por mais simples que seja, contém gordura saturada e aumenta o
colesterol, sendo associada, portanto, a um risco maior de doenças
cardiovasculares.
Diversos estudos publicados em
universidades de renome ao redor de todo o mundo mostram a relação entre o
consumo de carne e a ocorrência de câncer em seres humanos. Um estudo realizado na Universidade da
Carolina do Norte, por exemplo, publicado no The Journal of Nutrition, mostra
que o consumo elevado de carne aumenta risco de câncer de cólon. Já cientistas
da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, mostram que o consumo de carne
vermelha pode aumentar significativamente o risco de câncer de mama em mulheres
que já passaram da menopausa. Um estudo realizado pela Open University,
publicado numa edição do início de 2006 da revista científica Cancer Research,
mostra que uma dieta rica em carne vermelha tem mais chances de causar câncer
porque o alimento danificaria o DNA.
Estudos científicos apresentados
no congresso da Sociedade Americana de Câncer evidenciam que o consumo
excessivo de carne vermelha é um fator de risco especialmente para os casos de
câncer de intestino grosso. Estudos anteriores já haviam estabelecido a ligação
entre o câncer de intestino e a ingestão de grandes quantidades de carne
vermelha. Até mesmo os corantes utilizados em hambúrgueres e salsichas passam
pelos testes acadêmicos: num estudo realizado pela Agência Britânica de Padrões
Alimentares, o corante Vermelho 2G, presente nesses alimentos, tem o potencial
de desencadear o câncer. Estudo com 121,342 pessoas por 28 anos pela
Universidade de Harvard produziu provas científicas que o consumo de carne
vermelha aumenta em até 20% o risco de morte prematura, aumenta os riscos de
doenças cardíacas e câncer.
Tipo
de câncer
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Risco
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Observação
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Estômago
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Significativamente mais baixo apenas em
vegetarianos
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Há fortes evidências de que o consumo de vegetais
reduz o risco
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Colo uterino
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Significativamente mais baixo entre vegetarianas
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Ovário
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Significativamente mais baixo entre consumidoras
de peixe
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Próstata
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Significativamente mais baixo entre consumidores
de peixe
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Não se compreende ainda completamente a relação
entre a dieta e câncer de próstata
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Bexiga
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Menor entre vegetarianos
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Alguns estudos sugerem que certos tipos de carne,
como bacon, aumentam o risco de câncer de bexiga
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Linfático
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Menor entre vegetarianos
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Sangue
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Menor entre vegetarianos
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Cólon/Reto
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Menor nos Vegetarianos
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Estudo de Harvard prova a relação entre consumo
de carne e este tipo de câncer
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Seguem algumas dicas para se ter um melhor
aproveitamento da carne e diminuir os riscos com sua ingestão:
- O ideal é limitar as porções de carne vermelha
magra e evitar completamente os embutidos, como presunto, salsicha, linguiça,
bacon, presunto e mortadela.
- Prefira os cortes sem gordura. A gordura queima
rapidamente e aumenta a quantidade de substâncias cancerígenas. Escolha também
a carne mal passada ou ao ponto. Os pedaços bem passados ficaram mais tempo no
fogo e têm mais compostos cancerígenos.
- Preparar a carne em altas temperaturas pode gerar
compostos que aumentam o risco de câncer. Por isso, é sempre melhor cozinhar ou
preparar a carne no forno do que fritá-la ou usar a grelha. Não coma pedaços
queimados ou chamuscados.
Entre os tipos de carne mais
utilizados pelos brasileiros, podemos ter uma visão geral dos seus prós e
contras:
Gado - Rica em proteínas e em
minerais, dentre eles o ferro, um elemento essencial à vida humana (vide
postagem anterior), mas devemos ingerir esses alimentos com certo cuidado
devido ao teor de gordura saturada e colesterol que contêm. Outro problema é
que os animais criados para abate recebem grande quantidade de vacinas e
antibióticos, que ficam concentrados na carne que comemos (principalmente no
fígado) e na secreção mamária (leite e derivados).
Frango - É uma excelente fonte de
proteína, com a vantagem de ter menos gordura saturada do que as carnes
vermelhas, exceto na pele. Este tipo de carne também traz o problema do
tratamento dos animais que recebem vacinas e sofrem modificações genéticas para
crescimento rápido.
Porco - A carne de porco fresca e
magra é uma boa fonte de proteínas de alta qualidade e de vitaminas do complexo
B, mas, se mal passada, pode conter parasitas. Seus derivados, presunto e
bacon, possuem alto teor de sal e podem possuir alto teor de gorduras, por isso
devem ser consumidos com moderação.
Peixe - Com menos calorias, menos
gordura, rico em nutrientes, oferece uma abundância em minerais como: iodo,
magnésio, cálcio, fósforo, ferro, potássio, cobre e flúor.
O ideal é
variar o consumo entre gado, frango, peixe, porco. Frango e os ovos caipira são
preferíveis. Se houver uma rotatividade no tipo de carne, o risco de acumular
substâncias nocivas é menor. Além disso, é preciso controlar a quantidade a ser
consumida, pois se sabe que o excesso é causador de doenças como obesidade,
hipertensão, diabetes, gota, arteriosclerose. A refeição de ser complementada
com vegetais que irão ajudar, com suas fibras, a evitar o acúmulo de gordura e
toxinas.
Links dos Estudos:
Fontes:
De fato a carne vermelha apenas assada tem a capacidade de liberar muitos radicais livres que são cancerígenos. É importante lembrar que a carne de churrasco, em especial, é mais perigosa pois libera vários compostos aromáticos ao ficar impregnada com a fumaça do carvão, que arrasta também monóxido de carbono e mais radicais livres de carbono, todos com alto potencial cancerígeno. Entretanto, acredito que a carne quando cozida traga mais benefícios do que malefícios no final das contas. É importante lembrar que nosso organismo também precisa de lipídios, e muitas vezes só o óleo dos vegetais não é suficiente para atender toda nossa demanda. Entretanto, é preciso ficar de olho no consumo em excesso de colesterol, que é dispensável em nossa dieta, visto que já é produzido pelo próprio corpo.
ResponderExcluirApesar de todos os malefícios apresentados pela ingestão de gorduras da carne, vale lembrar que não deve-se "demonizar" excessivamente esses nutrientes. Isso, pois as gorduras, assim como proteínas, carboidratos, vitaminas e outros compostos, são essenciais para compor estruturas do corpo como membranas celulares e para servir como solvente de vitaminas lipossolúveis. Dessa forma, deve-se seguir as recomendações da postagem de evitar o excesso, mas não podemos retirar por completo esse nutriente do nosso cardápio.
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ResponderExcluirPostagem muito rica em detalhes! Interessante a comparação entre a frequencia de doenças que aparecem nas pessoas que comem carne e nos vegetarianos. Sabe-se que alimentos como a carne possuem muitas vantagens e é importante que se façam presentes nas dietas, mas quando há um exagero surgem riscos. Como disse o Marcelo, não podemos, porém, demonizar a ingestão desses alimentos: o mesmo ocorre com os lipídios, que são vistos por muitos como "gorduras indesejáveis", já que alguns esquecem as diversas funções apresentadas por esse grupo de alimentos (reserva energética, composição de membranas, etc.) O ideal é, portanto, fazer uma dieta balanceada, equilibrada, que contenha de tudo um pouco, sem exageros.
ResponderExcluirA ingestão de carne, como se percebe na postagem , deve ser bem ponderada na dieta alimentar. Mas existem muitos casos onde essa ponderação é fraca ou mesmo inexistente. Por exemplo, o princípio básico da primeira fase da Dieta Dukan (visite: bioquimicadukan.blogspot.com) é o consumo quase integral de proteínas, e as de origem animal são a preferência dos adeptos. Dessa forma, além da pouca ingestão de outros nutrientes essenciais, o corpo do "dukaniano" fica sobrecarregado de substâncias tóxicas, radicais livres que podem provocar câncer e ainda uma sobrecarga nos rins, porque o excesso de proteínas no corpo provoca lesões nas unidades de filtragem do sangue nos rins, o que pode acarretar lesões permanentes. Isso pode acontecer não só com os adeptos da dieta dukan, mas também com qualquer pessoa que ingere carne exageradamente.
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ResponderExcluirA postagem foi muita feliz na forma como trouxe o tema. Observa-se, que os malefícios trazidos pela ingestão de carne estão bem mais associados à forma inadequado de preparo (como carnes defumadas ou fritas no óleo) e ao tipo de carne escolhida (carnes vermelhas, gordas ou enlatada) do que o produto em si. Vê-se assim, que a carne não deve ser banida da dieta, apenas consumida de forma equilibrada, já que ela é bastante nutritiva, importante fonte de proteínas e vitaminas,. Porém, deve-se dar preferência às carnes brancas e magras e às grelhadas, cozidas ou assadas no forno
ResponderExcluirAlimentar-se de carne é uma das formas mais fáceis de se obter diversos nutrientes, pois os animais compartilham mais características próximas conosco do que as plantas, e estão em nível trófico superior, o que garante mais diversidade de nutrientes. Contudo, pelo mesmo motivo, as toxinas estão muitos mais presentes neles. Dessa forma, a atual carne que nos é vendida está contaminada com hormônios, até por toxina do medo, que é lançada corrente sanguínea do animal antes do abate. O que se deve fazer é consumir moderadamente, pois num pedaço de carne existe nutrientes essenciais para o pleno funcionamento do corpo. Além do que, na verdade, se todos fossem vegetarianos, é provável que não houvesse tanta fome no mundo, pois os rebanhos consomem boa parte dos recursos da Terra. Uma vaca em um dia consome até 100 litros. Para produzir 1 quilo de carne, gastam-se 43 000 litros de água. Um quilo de tomates custa ao planeta menos de 200 litros de água, sem contar os problemas ambientais, pois a grande pressão, por exemplo, para desmatar a Floresta Amazônia, é usá-la como pasto. Assim, se tem também um problema social e moral em relação a vastidão do consumo de carne.
ResponderExcluirÉ importante notar que mesmo que o consumo de carnes não deva ser demonizado excessivamente, já que o consumo com moderação não causa muitos malefícios, é importante notar que os excessos na alimentação de carne são muito mais comuns e muito mais nocivos que os excessos normalmente cometidos em uma alimentação vegetariana.
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