O consumo de carne, além de
associado a doenças como obesidade, hipertensão, diabetes, gota e
arteriosclerose, também podem causar verminoses, se a carne estiver infectada.
A postagem de hoje irá falar sobre a teníase, doença que ocorre devido à
ingestão de carne suína ou bovina, que não teve os devidos cuidados de preparo,
como congelamento e cozimento, contaminada com o cisticerco. A teníase ou
solitária é uma infecção intestinal ocasionada principalmente por dois grandes
parasitas hermafroditas, Taenia solium e
Taenia saginata.
O homem portador da teníase
apresenta a tênia no estado adulto em seu intestino delgado, também sendo, o
hospedeiro definitivo. Os hospedeiros intermediários são os suínos e os
bovinos, que se infectam ingerindo água ou alimentos contaminados com ovos ou
proglotes eliminados nas fezes humanas. Dentro do intestino do animal, os
embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seus ganchos, perfuram a
mucosa intestinal. Pela circulação sanguínea, alcançam os músculos e o fígado
do porco ou do boi, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam
o escólex invaginado numa vesícula. Os cisticercos apresentam-se semelhantes a
pérolas esbranquiçadas, com diâmetros variáveis, normalmente do tamanho de uma
ervilha. Quando o homem se alimenta de carne suína ou bovina crua ou malcozida
contendo estes cisticercos, as vesículas são digeridas, liberando o escólex que
se everte e fixa-se nas paredes intestinais, evoluindo então para a forma
adulta.
A tênia é um dos parasitas mais
comuns no Brasil, sendo encontrada em média em 5% dos animais inspecionados,
variando dependendo da região e época investigada entre variou de 0,0001 a
27,27%. Em estudo mais recente (2009 a 2012) no Espírito Santo, cisticercose
bovina foi identificada em 10,99% de um total de 103.024 bovinos abatidos. No
Brasil, a tênia saginata foi encontrada em média em 5% dos bovinos e a tênia
solium em 1% dos suínos inspecionados.
A profilaxia consiste na educação
sanitária do homem para que não contamine o meio ambiente com fezes, faça uso
de instalações sanitárias adequadas, lave as mãos após usar o sanitário e antes
de manipular alimentos, em cozinhar bem as carnes e não consumir carnes mal
cozidas e mal assadas, na fiscalização
da carne e seus derivados (linguiça, salame, chouriço, etc). Na prevenção
individual deve haver cuidados alimentares como congelar (-15 °C por 3 dias) e
cozinhar bem a carne. Além do que já foi referido, deve também existir um bom
saneamento básico, vermifugamento dos rebanhos bovino e suíno (hospedeiros
intermediários), deve-se congelar/irradiar as carnes e haver desparasitação
massiva do hospedeiro definitivo.
Percebe-se então, que existem
muitos riscos ao se consumir carne, mas com a devida fiscalização dos órgãos
responsáveis e os devidos cuidados individuais ao preparar o alimento, a carne
pode ser ingerida como uma boa fonte de nutrientes na alimentação.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ten%C3%ADase
Além do papel de fiscalização dos órgãos responsáveis, como foi dito na postagem, é necessário que haja uma fiscalização do próprio consumidor. Isso, pois a identificação de carnes com cisticerco é visualmente fácil pela presença das vesículas esbranquiçadas. Sendo assim, é importante informar a população sobre a incidência do problema e sobre as formas de identificação visual da carne com cisticerco, para que o próprio consumidor possa realizar a prevenção
ResponderExcluirAo mesmo tempo que o consumo de carnes mal tratadas está relacionado a doenças como a teníase, o consumo de vegetais mal tratados também está relacionado a uma doença semelhante que é a cisticercose, causada pela ingestão de ovos da Taenia Solium provindos de fezes de porcos em plantações. Dessa forma, um indivíduo vegetariano também pode vir a contrair teníase caso ele já tenha contraído a cisticercose (em que o cisticerco se instala na carne humana) e esse cisticerco passe para a corrente sanguínea e ecloda no intestino onde a tênia poderá se reproduzir, caracterizando a contaminação indireta. Então, não é correto generalizar doenças como essa simplesmente a uma dieta carnívora, mas sim a maus hábitos de higiene da população e falta de cuidados na questão da segurança alimentar.
ResponderExcluirÉ importante ressaltar que o homem pode se tornar hospedeiro intermediário, sendo acometido por uma doença mais grave, a Cisticercose, somente determinada pela Taenia solium, os cisticercos ficam no sistema nervoso central e podem causar inúmeros problemas, entre eles: cefaleias, convulsão, hidrocefalia e até a morte. Já tratando o homem como hospedeiro definitivo a contaminação pela doença poder ser amplamente evitada se o alimento for cozinhado em uma temperatura acima de 90 ºC, por isso a importância de informar a população, afim de que evite esse problema. Outra solução é uma fiscalização mais rigorosa dos órgãos competentes na segurança alimentar. É importante também falar que a tênia contraída de peixes pode causar um problema a mais, pois ela consome grande quantidade de B12, deixando o indivíduo com deficiência nessa vitamina, causando anemia perniciosa.
ResponderExcluirExiste uma necessidade grande para que as pessoas que estão nos maiores focos de teníase e cisticercose sejam tratadas, e que as devidas medidas de prevenção sejam feitas. Entretanto, a profilaxia desse tipo de doença não é tão fácil, pois a indústria farmacêutica não concede a devida atenção a essas patologias que estão associadas à pobreza. A indústria de medicamentos não é “humanitária" ou “boazinha” para que faça medicamentos mais eficientes e os distribuam para a população carente. Dessa forma, cabe ao governo garantir as condições básicas para os “alvos” da doença, o que garante melhores condições sanitárias e dos alimentos. Isso permite até um redirecionamento de investimentos para setores mais emergenciais da sociedade.
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ResponderExcluirImportante enfatizar que as medidas de prevenção incluem o saneamento básico (tratamento de água e esgoto), fiscalização das carnes de porco e boi; cozimento prolongado da carne com cisticerco antes da ingestão; tratamento de doentes e bons programas de educação e sensibilização, incentivando bons hábitos de higiene no dia a dia. Já o tratamento consiste basicamente na utilização de fármacos via oral. Quando da consulta com um médico especialista o paciente receberá orientações preventivas e também relacionadas ao tratamento. É importante manter bons hábitos de higiene e de alimentação durante o uso dos medicamentos, caso contrário o prognóstico não será positivo. Geralmente o profissional da saúde indica o uso de algum fármaco em específico para se eliminar o parasita do intestino. Laxantes não são eficazes contra a tênia, já que esta se utiliza das ventosas e dos ganchos para se fixar fortemente na parede do órgão.
ResponderExcluirO que torna a teniase bem mais preocupante é saber que a tenia é um dos parasitas mais comuns no Brasil, sendo encontrada em média em 5% dos animais inspecionados,. A doença pode ainds ser mais grave qiando ocorre na forma de costicercose humana, que pode gerar grandes danos neurologicos. É necessario mais atenção a essa doença. No entanto, é importante notar que o consumo não se trata de um problema consumir carne, desde que sejam tomadas medidas simples de prevençao, cmo o cozimento eficiente do alimento. Riscos de doenças também são altos em vegetais crus que não são bem lavados, sendo inclusive, essa a causa da cisticercose, parasitose muito mais agressiva que a teniase. Vegetarianismo não marcou ponto dessa vez
ResponderExcluirNo caso da tênia solium existe ainda outro perigo. Caso os ovos dessa espécie sejam ingeridos em vez da larva, a pessoa pode desenvolver a cisticercose humana. Esse ovo ao ser ingerido vai para a circulação podendo se alojar em vários locais. Pode ser no olho, no músculo, no coração ou no pulmão, mas o maior perigo é quando atinge o cérebro. Como o ovo fica dentro da proglote, caso a pessoa tenha a tênia no intestino, refluxos gastrintestinais podem levar a proglote ao estômago. Lá o suco gástrico, que contém ácido clorídrico, deteriora a proglote e o ovo no estômago é absorvido pela circulação. Essa é outra forma de adquirir cisticercose, através da regurgitação.
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